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Abordagem da China para resolver problemas sem impressão de dinheiro

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A China está enfrentando uma crise no setor imobiliário e propôs um empréstimo bancário de 300 bilhões de Yuan para resgatar o setor, uma quantia aparentemente pequena diante do problema. Curiosamente, ao contrário do que muitos países fazem em situações de crise, o Banco Popular da China optou por não imprimir dinheiro ou cortar taxas de juros. A inação pode ser atribuída a diferentes motivos, como brigas internas e o medo das graves consequências da criação excessiva de dinheiro. Esse receio se baseia em experiências passadas de hiperinflação e colapso da moeda e do regime político, o que leva o governo a preferir uma depressão prolongada ao risco de colapso da moeda.

A criação excessiva de dinheiro pode representar uma ameaça ao valor da moeda, como observado em experiências anteriores da China em 2009 e nos anos mais recentes. Apesar de não ter havido pressão para desvalorização imediata, a inflação aumentou para mais de 6% após dois anos em um desses experimentos. Ademais, ao expandir a base monetária de maneira ordenada, mesmo em face de uma recessão severa decorrente de inadimplências, a China busca evitar uma desvalorização brusca da moeda, mas a incerteza sobre o futuro permanece alta. Essa estratégia contrasta com a prática comum de imprimir dinheiro desenfreadamente para injetar liquidez na economia, visto que a China opta por ações mais moderadas para lidar com a crise.

O país também considera as possíveis consequências políticas da inflação descontrolada e do colapso da moeda, levando em conta a estabilidade do regime vigente. Dessa forma, a China prefere enfrentar uma possível depressão prolongada do que arriscar a estabilidade política. A experiência de países como os EUA e o Japão, que realizaram repetidas vezes a criação de dinheiro sem grandes consequências, contrasta com a cautela da China diante do problema atual. A análise da diferença de crescimento do M2 entre China e EUA revela a ameaça à valorização da moeda chinesa diante da criação excessiva de dinheiro, reforçando a abordagem mais conservadora adotada pelo país.

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