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A adoção de stablecoins está ganhando impulso no setor financeiro internacional. De acordo com um novo relatório da Bloomberg, empresas de commodities russas estão cada vez mais adotando moedas digitais indexadas a moedas fiduciárias para realizar transações transfronteiriças com parceiros chineses. As empresas russas, que negociam desde metais básicos até madeira, começaram a utilizar a stablecoin da Tether Holdings Ltd. para efetuar pagamentos em transações transfronteiriças com clientes e fornecedores chineses, com as liquidações sendo feitas através de Hong Kong.
A crescente utilização de stablecoins se deve, em parte, às sanções impostas pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos a empresas chinesas e russas. Isso ocorre em um contexto de guerra comercial entre Washington e Pequim e de conflitos na Europa Oriental. Além disso, a Rússia tem buscado alternativas devido à exclusão de sete bancos russos do sistema de mensagens SWIFT. A eficiência e a baixa custo das transações em stablecoins estão atraindo empresas e mitigando o risco de contas bancárias no exterior serem congeladas.
A tendência de adoção de stablecoins na Rússia não se limita apenas ao setor de commodities. Até o Banco Central da Rússia está experimentando pagamentos com criptomoedas em transações internacionais. Há cerca de um ano, o Rosbank, um dos principais bancos da Rússia, lançou um serviço que permitia aos importadores liquidar transações usando criptomoedas. Essa tendência também está sendo observada em outros países, como a Venezuela, onde a empresa estatal de petróleo, PDVSA, está migrando gradualmente as vendas de petróleo para a USDT devido a sanções recentes impostas pelos Estados Unidos. A exemplo disso, a utilização crescente de stablecoins reflete a resiliência da economia russa diante das sanções ocidentais.
Apesar das críticas de alguns sobre a utilidade das criptomoedas, como o Bitcoin, as inúmeras aplicações práticas, como as transações transfronteiriças eficientes, estão mostrando que o uso de stablecoins está se tornando cada vez mais comum em transações financeiras internacionais. A incorporação dessas tecnologias financeiras está transformando as operações comerciais globais e se mostrando uma alternativa viável ao sistema bancário tradicional, especialmente em cenários de restrições monetárias e controle de capitais.
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