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De acordo com analistas do Deutsche Bank, a maioria das stablecoins está fadada ao fracasso, conforme uma análise interna de 334 moedas ancoradas realizada ao longo dos últimos 200 anos. O estudo, publicado na terça-feira, argumenta que as poucas ancoragens cambiais que se mantiveram desde 1800 operaram com credibilidade, reservas e em um ambiente rigorosamente controlado – aspectos que, segundo os analistas, faltam às stablecoins. O Tether (USDT), a maior stablecoin do mundo com um valor de mercado de $110 bilhões, foi destacado como possuindo um “monopólio no mercado de stablecoins preenchido por especulação e falta de transparência”.
O Tether publica regularmente relatórios de comprovação de reservas com a ajuda da BDO, a quinta maior rede de contabilidade do mundo. No entanto, em contraste com seu maior concorrente, a Circle, o Tether ainda não passou por uma auditoria completa de uma das quatro maiores empresas de contabilidade. Para instigar ainda mais a preocupação, antes de publicar seus relatórios de comprovação, o Tether foi obrigado a pagar $41 milhões em multas para a Commodity Futures Trading Commission (CFTC) por declarações enganosas sobre a composição de suas reservas.
Os pesquisadores observaram que os emissores de stablecoins devem prestar atenção aos fatores macroeconômicos, uma vez que questões relacionadas à governança e forças especulativas podem indicar a possibilidade de desvinculação. Em resposta ao relatório do Deutsche Bank, o Tether argumentou que o mesmo se baseava em “afirmações vagas” para respaldar suas alegações, carecendo de “dados concretos para prever uma queda nas stablecoins de forma mais ampla”.
Essa análise levanta questões sobre a sustentabilidade das stablecoins no mercado atual, especialmente em relação à transparência, credibilidade e robustez de suas reservas. Apesar do domínio atual do Tether, a falta de auditorias completas por empresas renomadas e os episódios anteriores de multas por práticas enganosas lançam dúvidas sobre o futuro das stablecoins e sua capacidade de manter a paridade com as moedas tradicionais.
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