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A economia americana está passando por uma transição para uma economia descarbonizada que demanda grandes quantidades de metais básicos e minerais de terras raras. Atualmente, a China domina o mercado de minerais de terras raras, no entanto, os EUA estão buscando reduzir a dependência e impulsionar a capacidade de mineração e refino doméstico. Uma área improvável de onde poderia ser suprida 40% do suprimento de lítio do país é a região conhecida como ‘Trump’s coal country’, na Appalachia.
De acordo com Justin Mackey, cientista pesquisador do Laboratório Nacional de Tecnologia Energética e estudante de doutorado na Universidade de Pittsburgh, a água residual de poços de petróleo/gás em toda a formação de Marcellus Shale poderia suprir o país com 40% de suas necessidades de lítio. Essa concentração de lítio já existe em certa medida na superfície na Pensilvânia, e Mackey afirmou que há lítio suficiente nas águas para suprir entre 30 e 40% da demanda nacional dos EUA.
Mackey destacou que embora existam operações de mineração de lítio nos EUA, a extração do lítio presente na água de reciclagem de fraturamento hidráulico traz uma perspectiva diferente, sendo uma abordagem benéfica para reutilização de resíduos. A extração de lítio a partir da água reciclada pode reduzir significativamente os custos de remediação e manuseio desses resíduos. Ele mencionou que futuras extrações de lítio de água de poços de petróleo/gás em estados vizinhos, como Virgínia Ocidental e Ohio, poderiam impulsionar um “boom econômico para a região”.
A região conhecida como ‘Trump’s coal country’ tem enfrentado décadas de desindustrialização e dificuldades econômicas. Contudo, a descoberta de potencial fonte significativa de lítio nas águas residuais da região pode sinalizar uma revitalização econômica. Se a região conseguir capitalizar as tendências de descarbonização, a valorização da terra na região poderá aumentar ao longo da próxima década.
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