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Talibã toma americanos como reféns, diz estar disposto a negociar por prisioneiros de Guantánamo
Pela primeira vez em anos, o Talibã diz ter preso e detido cidadãos americanos, e espera usá-los em uma troca de prisioneiros. O Talibã afirma que pelo menos dois cidadãos dos EUA estão sob custódia após violarem leis afegãs, enquanto o Washington Examiner disse que três estão detidos. Os indivíduos detidos foram identificados como George Glezmann, Mahmood Habibi e Ryan Corbett, confirmados também por um comunicado do Departamento de Estado. Um porta-voz do governo talibã anunciou que os “cidadãos americanos violaram a lei do país, e discussões foram realizadas com autoridades dos EUA a esse respeito.”
O principal porta-voz do Taliban, Zabiullah Mujahid, disse recentemente a repórteres em Cabul que “o tópico da libertação de prisioneiros foi discutido durante sua recente reunião com autoridades dos EUA em Doha”, continuando um tema recorrente em suas negociações. “As condições do Afeganistão devem ser cumpridas. Temos nossos cidadãos que estão presos nos EUA e em Guantánamo”, afirmou Mujahid. “Devemos libertar nossos prisioneiros em troca deles. Assim como os prisioneiros deles são importantes para a América, os afegãos são igualmente importantes para nós,” acrescentou.
Ainda não está claro sob quais acusações precisas os homens estão sendo detidos, mas a mídia nacional afegã insinuou a possibilidade de “espionagem” – o que seria uma acusação muito séria, possivelmente resultando em um caso capital. Glezmann e Corbett foram inicialmente detidos em 2022, sendo que o primeiro descreveu anteriormente estar em uma excursão pela paisagem cultural e histórica do país. As autoridades dos EUA reclamaram que os cidadãos americanos estão sendo detidos sem acusação ou devido processo. Menos se sabe sobre a terceira pessoa que pode estar sob custódia, Muhammed Habibi, que é cidadão duplo afegão e americano.
O Talibã exerceu controle completo sobre o país centro-asiático devastado pela guerra desde a retirada da coalizão dos EUA em agosto de 2021, que, por todas as contas, foi caótica e resultou em mortes tanto de militares americanos quanto de civis afegãos. O Departamento de Estado dos EUA designou o Afeganistão como um país de “Nível 4: Não Viajar” para cidadãos americanos. Um alerta oficial diz que o risco de detenção para viajantes estrangeiros é alto, com vários grupos terroristas ativos no país e cidadãos dos EUA sendo alvos de sequestros e detenções injustas. O Departamento avaliou que há um risco de detenção injusta de cidadãos dos EUA pelo Talibã.
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