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Em meio aos esforços de recuperação em Baltimore, uma importante firma de transporte de automóveis, a norueguesa Wallenius Wilhelmsen ASA (WILWY), já está antecipando suas perdas financeiras devido a um desastre ocorrido com a ponte da cidade. No dia 3 de abril, a empresa emitiu um comunicado informando que espera uma perda de ganhos entre 5 a 10 milhões de dólares relacionada a complicações pelas quais está passando devido ao desastre da ponte de Baltimore. Esse impacto, conforme estimado, afetará diretamente o EBITDA da companhia, assumindo que as interrupções durem até um mês, com base na expectativa de que o fechamento da rota dure várias semanas.
A gravidade da situação é evidenciada por um dos maiores navios da Wallenius, o MV Carmen, um dos maiores transportadores de carros da frota, que atualmente se encontra incapaz de deixar o porto de Baltimore, além de outras dificuldades operacionais relacionadas. Afirmou-se, ainda, que parte das perdas foi mitigada pelo redirecionamento de cargas que originalmente chegariam ou partiriam de Baltimore para outros terminais nos Estados Unidos, como os portos de Newport News, Newark e Savannah, de modo a minimizar os impactos negativos sobre as operações logísticas da empresa.
O desastre mencionado refere-se ao colapso da ponte Francis Scott Key, ocorrido em 26 de março após ser atingida pelo imenso navio de carga Dali, de bandeira singapuriana. Desde então, equipes de salvamento e recuperação estão trabalhando arduamente para limpar os destroços e abrir um canal temporário que permita a navegação de embarcações menores pelo Porto de Baltimore. Apesar desses esforços, a maioria dos embarques em larga escala permanece impossível no momento, o que complica ainda mais a situação para empresas como a Wallenius Wilhelmsen que dependem fortemente dessa infraestrutura para suas operações.
É importante ressaltar que o Porto de Baltimore é considerado o mais movimentado dos Estados Unidos para o embarque de veículos, tendo lidado com 847.158 automóveis e caminhões leves em 2023, o maior volume entre todos os portos americanos, segundo um relatório da Automotive News. Muitos dos grandes fabricantes de automóveis, como Audi, BMW, Ford, General Motors, Lamborghini, Nissan, Toyota, Volkswagen e Volvo, dependem desse porto para o manuseio de importações, exportações e remessas de peças. Assim, o impacto desse desastre na logística portuária não afeta apenas a Wallenius Wilhelmsen, mas toda a cadeia de suprimentos automotiva que utiliza Baltimore como um ponto chave de suas operações globais.
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