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Um novo relatório sugere que o Brexit, as tarifas impostas por Donald Trump e as mudanças nas relações com a China irão restringir o crescimento do comércio britânico na próxima década. As projeções revisadas do Boston Consulting Group (BCG) indicam que o comércio do Reino Unido crescerá apenas 0,7% anualmente entre 2023 e 2033. Isso representa uma redução em relação à estimativa anterior de 0,9%. Essa desaceleração no crescimento comercial compara-se desfavoravelmente ao crescimento do PIB doméstico, que o BCG espera que seja, em média, de 1,6% na mesma década. Essa diferença sinaliza que o comércio se tornará uma parte menos significativa da atividade econômica do Reino Unido.
O contexto econômico global complica ainda mais essa projeção. A tensão nas relações comerciais com a China, um dos maiores parceiros comerciais do Reino Unido, e as repercussões das tarifas introduzidas durante a administração Trump, aumentam as incertezas no cenário comercial britânico. O impacto dessas questões é amplificado pelas implicações contínuas do Brexit, que, apesar de concluído, ainda apresenta desafios burocráticos e logísticos para empresas britânicas que negociam com a União Europeia. Estas complexidades, juntas, podem enfraquecer a capacidade do Reino Unido de melhorar sua participação no comércio global, comparado a outros grandes economias.
Essa desaceleração pode impactar instituições financeiras e empresas listadas na Bolsa de Valores de Londres. O índice FTSE, que reúne ações de grandes empresas britânicas, pode refletir as consequências dessa menor taxa de crescimento comercial. Além disso, o valor da libra esterlina ($GBP) pode experimentar volatilidade diante dessas incertezas comerciais e econômicas. Num cenário de comércio limitado e crescimento anêmico, investidores podem buscar segurança em ativos alternativos, como criptomoedas ($BTC), embora isso envolva riscos substanciais devido à volatilidade inerente.
Globalmente, o comércio em geral apresenta uma perspectiva mais promissora. No entanto, a inserção do Reino Unido nesse crescimento global pode ser limitada pelas condições descritas. Nesse contexto, decisões de política externa e acordos comerciais futuros desempenharão papéis cruciais. A reavaliação de alianças comerciais e o fortalecimento de relações com novas economias emergentes podem ser estratégias viáveis para mitigar a estagnação das relações comerciais tradicionais. O acompanhamento atento das políticas econômicas e comerciais será fundamental para prever e responder aos desafios futuros que moldarão o comércio britânico nas próximas décadas.
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